terça-feira, 21 de julho de 2015

São Paulo 1991-1994



ESQUADRÕES DO BRASIL-SÃO PAULO 1991-1994
21/07/2015
Fonte:Imortais do Futebol
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Grandes feitos: Bicampeão Mundial Interclubes em 1992 e 1993, Bicampeão da Libertadores da América em 1992 e 1993, Campeão Brasileiro em 1991, Campeão da Supercopa da Libertadores em 1993, Bicampeão da Recopa Sul-Americana em 1993 e 1994, Campeão da Copa Conmebol em 1994 e Bicampeão Paulista em 1991 e 1992.
Time base: Zetti; Cafu, Adílson (Válber), Ronaldão e Ronaldo Luís (André Luiz); Pintado (Doriva), Dinho, Cerezo e Raí (Leonardo); Muller e Palhinha.Técnico: Telê Santana.
“Brasil, América e Mundo pintados de vermelho, preto e branco…”
O São Paulo começou a década de 90 com a cabeça um pouco atordoada. A equipe havia perdido dois campeonatos brasileiros seguidos, em 1989 e 1990, ambos em casa, para Vasco e Corinthians, respectivamente. A torcida começava a desconfiar daquele time que chegava e não levava. Porém, em 1991, o time enterrou de vez a desconfiança do público e da imprensa e levou dois canecos, paulista e brasileiro. No ano seguinte, vieram libertadores, paulista e mundial. No outro ano, nova dobradinha na América e no mundo. Comandado com maestria pelo gênio Raí nos campos, e pelo mito Telê Santana no banco, o São Paulo jogou o fino da bola durante 4 maravilhosos anos. Como tocava a bola de maneira perfeita aquela equipe. Como tinha volume de jogo. Como marcava. E como vencia jogos, torneios, clássicos. Não havia ninguém páreo para aquele time. Nem Palmeiras, nem Flamengo. Nem Barcelona, nem Milan. O São Paulo foi soberano com maestria no período mais vitorioso da história do clube. Vamos relembrar.

Ano de exorcizar o fantasma do vice
A diretoria do São Paulo confiava no trabalho de Telê Santana à frente do clube, tanto é que mesmo após os vices de 89 e 90 no brasileiro manteve o treinador, algo pouco comum no futebol nacional. Com o respaldo da direção, Telê pôde arrumar de vez os erros do time nos anos anteriores e armou uma equipe vencedora. O primeiro desafio seria o brasileirão, que naquela época era disputado no início do ano. O estadual era no segundo semestre.
Tricampeão
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Na primeira fase, o São Paulo liderou o campeonato, e terminou na primeira colocação, com 11 vitórias e apenas 4 derrotas em 19 jogos. Com apenas quatro equipes asseguradas na fase de mata-mata, o tricolor encarou o quarto colocado, o Atlético Mineiro. Após dois empates, 1 a 1 e 0 a 0, o time se garantiu na final por ter a melhor campanha. A decisão seria novamente contra um time paulista, o surpreendente Bragantino, de Mauro Silva e o técnico Carlos Alberto Parreira. Pela primeira vez um clube (São Paulo) chegava três vezes seguidas em uma decisão de brasileiro. E dessa vez o São Paulo mostrou força e levou o título, com vitória por 1 a 0 no primeiro jogo, gol de Mário Tilico, e empate sem gols em Bragança Paulista. Brasil tricolor. Era hora de buscar o título estadual.

Show de Raí
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Depois de uma péssima campanha no estadual de 1990, o São Paulo deu a volta por cima em 1991, despachou todos os rivais que encontrou pela frente e chegou à final contra o Corinthians. No primeiro jogo, Raí mostrou que era o melhor jogador do Brasil à época, e marcou os três gols na vitória por 3 a 0. No segundo jogo, empate em 0 a 0, que garantiu o título ao tricolor. Era a revanche contra o rival que tirara o brasileiro da equipe no ano anterior. Com os dois títulos, o ano de 92 seria de novos desafios para o time. Afinal, o tricolor disputaria a Libertadores da América.

A conquista da América
O São Paulo teve dificuldades na fase de grupos da Libertadores daquele ano. O time começou perdendo por 3 a 0 para o Criciúma, então campeão da Copa do Brasil de 1991. Em seguida, veio a vitória contra o San José da Bolívia por 3 a 0, empate contra o Bolívar (BOL) em 1 a 1, revanche e goleada contra o Criciúma por 4 a 0, empate contra o San José por 1 a 1 e vitória na partida final contra o Bolívar por 2 a 0. Classificação assegurada, hora da fase de mata-mata.

Caminho das pedras até a final
Nas oitavas de final, páreo duro, contra o Nacional do Uruguai. Porém, o time mostrou maturidade e venceu os dois jogos, por 1 a 0 e 2 a 0. Nas quartas, novo embate brasileiro, de novo o Criciúma. Vitória tricolor no primeiro jogo por 1 a 0 e empate no segundo em 1 a 1, garantindo a vaga da equipe paulista nas semifinais. O time enfrentaria o Barcelona do Equador, e passou fácil no primeiro jogo com um 3 a 0. Na partida seguinte, muito sufoco, e mesmo a derrota por 2 a 0 garantiu o time na final.

Argentinos pela frente
O time de Telê e Raí enfrentou o Newell´s Old Boys, da Argentina, dono do melhor ataque da competição. O tricolor teria a vantagem de decidir em casa. No primeiro jogo, vitória argentina por 1 a 0. Na volta, o São Paulo venceu por 1 a 0, o que não foi o bastante para garantir o título no tempo normal. Decisão nos pênaltis!
Brilha Zetti, e a América se pinta de tricolor
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Mais de 105 mil torcedores roeram todas as unhas na decisão por pênaltis da Libertadores de 1992. O São Paulo tinha bons cobradores, que deixaram os seus. Raí, Ivan e Cafu marcaram. Ronaldão perdeu. Pelo lado do Newell´s, Zamora e Llop fizeram. Porém, os erros de Berizzo, Mendoza e a derradeira cobrança de Gamboa, defendida por Zetti, deu o título ao São Paulo. Era a coroação de uma equipe extremamente competitiva.
O Morumbi explodiu de alegria, a multidão invadiu o gramado como nunca antes havia se visto. O campo verde do estádio ficou todo colorido em vermelho, preto e branco. Raí erguia, pela primeira vez, a América para o tricolor. Era hora de começar os preparativos para a disputa do Mundial, em dezembro, no Japão, contra o poderoso Barcelona.
Preparação com título paulista
Se no Brasileiro a equipe não conseguiu se garantir na final, no paulista o time sobrou. Líder tanto na primeira fase quanto no quadrangular final, o time foi para a final contra o Palmeiras. Houve uma polêmica quanto às partidas decisivas, pois tanto o segundo jogo da final quanto a decisão do Mundial que o São Paulo disputaria estavam marcadas para o dia 13 de dezembro. Com isso, o tricolor conseguiu adiar a partida do paulista para o dia 20 daquele mês. Mesmo assim, o primeiro jogo foi alvo de críticas do time de Telê, que teve de disputá-lo no dia 5 de dezembro, o que causaria atrasos na programação do Mundial. Porém, o São Paulo não se incomodou e goleou o rival por 4 a 2, com 3 gols de Raí e um de Cafu. A vitória serviu de embalo para o time partir em busca do seu título mais importante na história.
Mundo tricolor
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O São Paulo desembarcou como zebra no Japão, para a disputa do título do Mundial Interclubes. O motivo? A equipe iria enfrentar nada mais nada menos que o Barcelona, campeão europeu, e com um time considerado o “Dream Team” da história do clube, com Guardiola, Koeman, Stoichkov, Zubizarreta, Nadal, Sergi e o treinador Johaan Cruyff. O tricolor já conhecia aquele Barcelona, devido à disputa de torneios amistosos naquele mesmo ano, na Espanha. O São Paulo inclusive vencera por 4 a 1 o Barça no Troféu Tereza Herrera. Mas o que se viu foi um show de partida, sendo considerada por muitos a melhor da história do São Paulo. A equipe não se intimidou com os blaugranas da Catalunha e conseguiu impor seu jogo. Mesmo o gol inicial do time espanhol, marcado pelo goleador Stoichkov, não abalou o São Paulo, que empatou com Raí. No segundo tempo, falta para o tricolor. Raí foi pra bola e marcou um gol antológico. Era a virada, era o gol do título Mundial. O São Paulo era o melhor do mundo. No final do jogo, Cruyff, técnico do Barça, lançou uma frase lembrada até hoje pelos torcedores:
“Se é para ser atropelado, que seja por uma Ferrari…”
É, o São Paulo era mais que aquilo. Era um time irresistível, com Raí em sua melhor fase na carreira. A máquina tricolor se garantia muito mais que uma Ferrari…
 Mais um caneco
A euforia tomou conta de São Paulo em dezembro. O time voltou com o caneco de campeão mundial e deu a volta olímpica pela cidade, em carro de bombeiro e cheio de pompa. Mas nem haveria tanto tempo para comemorar, pois ainda tinha o jogo final do paulista, contra o Palmeiras. O verdão queria carimbar a faixa do tricolor e se aproveitar do desgaste físico do rival, mas Müller e Cerezo não deixaram, e deram outra vitória ao São Paulo por 2 a 1. Bicampeonato paulista, e o encerramento de um ano perfeito com três títulos conquistados. A imprensa também saudava sem economia o time, que, com os três títulos conquistados em 1992, somados aos três de torneios amistosos, fizeram com que o São Paulo fosse o destaque esportivo do ano. A revista Placar decretou à época: “O São Paulo hoje está muito à frente dos adversários”. Estava mesmo…
 Novo ano perfeito
Absoluto em 1992, o São Paulo partiu para vencer novamente tudo o que disputasse em 1993. No Brasil, começava a despontar outra grande equipe, o Palmeiras, que, com a fortuna da Parmalat, já tinha uma verdadeira seleção. No paulista e brasileiro, deu verdão. Mas, o que importava para o tricolor eram as cerejas do bolo: Libertadores e Mundial.
 Caminho do bi mais curto

Como campeão, o São Paulo entrou na Libertadores de 1993 já nas oitavas de final. Logo de cara, reencontro com os adversários da final de 1992, o Newell´s Old Boys. No primeiro jogo, na Argentina, os argentinos estavam com “sangue nos olhos” por vingança, e venceram por 2 a 0. A volta seria difícil, pois o São Paulo teria que vencer por mais de dois gols para ir às quartas de final. Mas, o que Raí e companhia não faziam, não é mesmo? O time mostrou sua força de campeão e goleou o freguês: 4 a 0. Nas quartas de final, embate brasileiro contra o então campeão brasileiro, o Flamengo. No jogo de ida, no Maracanã, empate em 1 a 1. Na volta, novo show tricolor e vitória por 2 a 0. Nas semifinais, o time venceu o Cerro Porteño, do Paraguai, por 1 a 0 em casa e segurou o empate sem gols fora, garantindo a vaga na grande final.
Maior vareio da história
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Diferentemente do ano anterior, o São Paulo iria decidir fora de casa o título da Libertadores de 1993. O primeiro jogo, contra o Universidad Católica, do Chile, foi num Morumbi lotado. E o São Paulo aplicou a maior goleada em uma final de Libertadores até hoje: 5 a 1. Foi um espetáculo de Raí, Zetti, Vítor, Pintado, Dinho, Ronaldo Luís, Muller, Palhinha e Cafu. Na volta, nem a derrota por 2 a 0 impediu a festa: bicampeonato da América garantido. Era o São Paulo no topo do continente pela segunda vez consecutiva.
O adeus ao ídolo
Esbanjando técnica no tricolor, Raí despertou o interesse dos franceses do Paris Saint-Germain, da França, e deixou o São Paulo após a conquista da América. Era o fim de uma era de muitos títulos e apresentações incríveis pelo clube, que lhe renderam a camisa 10 na seleção brasileira à época.
Maratona pelo Brasil (e mundo)
Time da moda, o São Paulo aceitava todos os convites para disputar torneios amistosos, mas também tinha compromissos sérios, como a Recopa Sul Americana e a Supercopa da Libertadores, ambas vencidas pelo time. Em 1993, a equipe bateu recorde e disputou absurdas 97 partidas. O ápice se deu no mês de abril, quando o time jogou nada menos que 16 partidas em apenas 30 dias! A média foi de praticamente um jogo a cada dois dias.
 Mundo tricolor – parte 2
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Já conhecido em solo japonês, o São Paulo foi recebido com muita festa pela torcida local, e teria a maioria no estádio Nacional de Tóquio. O adversário seria o Milan, vice-campeão europeu, que garantiu vaga na decisão por conta de um escândalo de manipulação de resultados que envolveu o campeão europeu daquele ano, o Olympique de Marselha. Com isso, o time foi banido da disputa do mundial, abrindo caminho para o clube italiano, que, naquela época, estava melhor que o Olympique em termos de time. Baresi, Costacurta, Maldini, Albertini, Donadoni, Desailly, Massaro e Papin, treinados por Fábio Capello, formavam um esquadrão formidável e que impunha respeito. Por isso, o São Paulo, de novo, não era favorito, principalmente por não ter mais a sua grande estrela, Raí. Mas o time ainda contava com jogadores que estiveram no Japão em 1992, e tinha outros bons nomes. Müller, Cerezo, Dinho, Ronaldão, Doriva, Válber, Palhinha, Leonardo, Cafu, André Luiz e Zetti também formavam uma equipe estonteante, comandada por Telê. E o jogo foi um teste para cardíacos. Palhinha abriu o placar para o São Paulo no primeiro tempo. No segundo, Massaro empatou. Cerezo deixou o São Paulo na frente de novo, mas Papin empatou. Faltando 4 minutos para o fim do jogo, Müller fez, sem querer, o gol da vitória, gol que ele dedicou ao zagueiro italiano Costacurta, de quem “apanhou” o jogo inteiro, ao falar em bom italiano “esse é pra você, seu palhaço!”. O São Paulo era bicampeão mundial de futebol, como o Santos de Pelé, e a geração de ouro comandada por Telê Santana chegava ao ápice. A equipe terminaria o ano com uma Quádrupla Coroa Internacional, ao vencer todas as competições internacionais que disputara: Libertadores, Recopa, Supercopa e Mundial.
Tristeza e a última conquista
Insaciável, o São Paulo não cansava de vencer. A equipe ganhou o Bi da Recopa, e, com um time totalmente formado por juniores, a Copa Conmebol (substituída pela Copa Mercosul, anos depois, e pela Copa Sul Americana, nos dias de hoje) em 1994. Naquele mesmo ano, foi a primeira equipe do mundo a disputar duas partidas oficiais no mesmo dia. A “aberração” aconteceu no dia 16 de novembro, quando o São Paulo venceu o Sporting Cristal, do Peru, por 3 a 1 pela Conmebol, e depois jogou contra o Grêmio pelo Campeonato Brasileiro e venceu pelo mesmo placar. Mas, mesmo com as conquistas, o time viveu um drama sem igual na Libertadores. Depois de eliminar os adversários pelo caminho, inclusive o grande Palmeiras, o São Paulo chegou à sua terceira final seguida. O adversário seria o argentino Vélez Sarsfield, do polêmico goleiro Chilavert. O tricolor repetiu o filme de 1992 e não liquidou o jogo no tempo normal, levando a decisão para os pênaltis. Mas, dessa vez, nem Zetti conseguiu ajudar a equipe. O tricolor sucumbiu e perdeu o seu título mais ganho, em casa, para um adversário claramente inferior. Seria o início do fim de uma equipe tão acostumada às vitórias e aos títulos.
 O fim de uma era fantástica
Telê Santana já não tinha a simpatia e telepatia com todos os jogadores. Somado a isso, muitos deixaram o clube, as categorias de base não rendiam novas promessas,o mestre da torcida tricolor começou, também, a sofrer com problemas de saúde, Seria o fim de uma equipe de ouro, que colocou o São Paulo para sempre entre os grandes do futebol nacional e mundial, e deixou o time com o invejável posto de maior campeão internacional do Brasil.
Os personagens:
Zetti: foi a muralha tricolor durante os anos dourados do time. Decisivo na conquista da Libertadores de 1992, era adorado pelos torcedores. Hoje, é técnico de futebol.
Cafu: era o faz tudo naquele time. Diferente de quando atuou por Palmeiras, Roma, Milan e Seleção Brasileira ao longo da carreira, Cafu jogava como meia, lateral e até atacante naquele time. Com fôlego invejável e muita técnica, era peça fundamental no tricolor multicampeão. A ida a rival Palmeiras doeu na torcida, mas ele está pra sempre na galeria de heróis do clube.
Adílson: zagueiro discreto, quase nunca era notado ou comentado pela torcida. Fez seu papel e não comprometeu nas conquistas da Libertadores e do Mundial de 1992.
Válber: era zagueiro, mas tinha uma habilidade pouco comum para a posição. Foi titular absoluto do time em 1993. Criou algumas intrigas com Telê, e deixou o clube brigado com a diretoria em 1994.
Ronaldão: o zagueirão de pouca técnica jogou muito sobre a batuta de Telê. Além de atuar na zaga, ele ia bem também na lateral e no meio naquele time. Jogou no tricolor de 1986 até 1994, e colecionou títulos no time do Morumbi: foram 13, contando apenas os oficiais.
Ronaldo Luís: lateral esquerdo “anjo da guarda” do time, por salvar gols praticamente feitos dos rivais em cima da linha, de carrinho, de cabeça ou de qualquer outro jeito. Ficou no Morumbi três anos, o suficiente para ganhar uma enxurrada de títulos. Foi essencial no Mundial de 1992, ao atuar como “anjo” e tirar um gol dos espanhóis debaixo da trave.
André Luiz: assumiu a titularidade da lateral esquerda em 1993, e se revelou um excelente lateral, ótimo no ataque e firme na defesa. Disputou 90 partidas pelo tricolor em apenas 4 anos. Suas atuações o levaram à seleção brasileira, onde participou de 19 jogos. Foi bronze com a seleção nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996.
Pintado: era o símbolo da raça no meio de campo tricolor. Depois de brilhar no Bragantino, embarcou no São Paulo de Telê e não decepcionou. Jogou muito, e ajudou a equipe nos principais momentos, principalmente nas decisões.
Doriva: revelado na base do tricolor, Doriva viveu seus melhores momentos em 1993 e 1994. Ajudava na criação do time campeão da Libertadores e Mundial em 1993.
Dinho: outro grande exemplo de raça daquele time, ganhou muitos títulos pelo São Paulo. Brilhou, também, no Grêmio campeão da Libertadores de 1995.
Cerezo: já experiente, Toninho Cerezo jogou muito no tricolor. Seu grande ano foi em 1993, quando assumiu a responsabilidade de ser o líder do time após a saída de Raí. E ele mostrou que ainda tinha lenha para queimar. Esbanjou qualidade naquela temporada, sendo o melhor em campo na final contra o Milan pelo Mundial. Craque histórico.
Raí: é um dos maiores ídolos (senão o maior) da história do São Paulo. Ajudou a colocar o clube no mapa do futebol mundial, e venceu tudo com a equipe do Morumbi. De 1987 a 1993 foram 393 jogos e 124 gols pelo time. Um mito da bola.
Leonardo: teve duas passagens pelo São Paulo, e em ambas foi decisivo. Na primeira, ajudou na conquista do brasileiro de 1991. Na segunda, ganhou o Mundial de Clubes, sempre com a qualidade e precisão que o levaram à seleção brasileira. Fundamental.
Müller: símbolo dos “Menudos do Morumbi” que encantaram o Brasil em 1986, o craque voltou na década de 90 para colecionar títulos internacionais. Foi decisivo quando o São Paulo mais precisou de seus gols, principalmente na final do Mundial de 1993, quando marcou o gol sem querer contra o Milan.
Palhinha: artilheiro e muito rápido, Palhinha brilhou no Morumbi de 1992 a 1995, sendo o artilheiro da Libertadores de 1992 com 7 gols. Teve a chance de ser herói em 1994, mas desperdiçou um pênalti na final contra o Vélez que poderia ser o gol do título. Mesmo assim, é sempre lembrado como um dos grandes da história do clube.
Telê Santana (Técnico): foi o melhor e mais importante técnico que o São Paulo já teve em toda a sua história. Telê desenvolveu uma filosofia vencedora e competitiva no clube, e mostrou o quanto uma Libertadores pode ser importante e saborosa… Tanto é que a competição virou a preferida do clube e da torcida. Ganhou mais de 10 títulos no tricolor e virou um símbolo na história do time. É até hoje lembrado pelos torcedores, principalmente em 2005, ano que o São Paulo venceu a Libertadores novamente, a primeira vez sem o seu grande técnico vencedor. Na decisão do título, a torcida cantou seu nome, em reverência ao eterno mestre. Telê faleceu em 2006, mesmo ano em que o São Paulo venceu, depois de 15 anos, o Campeonato Brasileiro.



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