sábado, 25 de julho de 2015

Internacional 1979-1980

ESQUADRÕES DO BRASIL – INTERNACIONAL 1979-1980

25/07/2015
Fonte: Imortais do Futebol
1979-inter
Grandes feitos: Campeão Invicto do Campeonato Brasileiro (1979) e Vice-campeão da Copa Libertadores da América (1980). Foi o primeiro (e até hoje único) clube a conquistar o principal torneio do Brasil sem perder um jogo sequer.
Time base: Benítez; João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro; Batista, Jair e Falcão; Valdomiro (Chico Spina), Bira e Mário Sérgio. Técnico: Ênio Andrade.

“O Colorado que não sabia perder”
Depois de um primeiro semestre sofrível e ouvindo críticas de sua própria torcida, aquele esquadrão vermelho e branco decidiu mostrar para tudo e todos que ainda tinha um último lampejo de brilho naquela década prestes a terminar. Muitos diziam que o time bicampeão brasileiro em 1975 e 1976 não existia mais. O temido Internacional era apenas mais um no futebol brasileiro. Mas, com o andamento do Campeonato de 1979, aqueles ditos caíram por terra. E por diversos gramados do país. Os jogadores que vestiam o manto colorado não tinham adversários e não se intimidavam com estádio rival lotado. Aquele Inter tinha craques pontuais em cada setor do campo. E aquele Inter não sabia perder. Em 1979, o Brasil viu pela primeira (e até hoje única) vez um time vencer o principal torneio de clubes do país de maneira invicta e irrepreensível. Aquele Internacional era pura melodia. E fazia o futebol parecer um esporte simples de se jogar quando a bola passava pelos pés de um jovem austero chamado Mauro Galvão, por um meio-campista incansável de nome Batista, pelos habilidosos e artísticos Jair e Mário Sérgio e, claro, por um jogador completo, puro-sangue, e com a alma da mais nobre imortalidade: Falcão, o Rei do Beira-Rio e eterno ídolo dos colorados. No banco de reservas, um técnico astuto, inteligentíssimo e mestre em mudar a concepção de um time comandou com pleno talento tudo aquilo: Ênio Andrade, um dos melhores treinadores da história do futebol brasileiro. Uma pena que aquele Inter não tenha faturado a América, em 1980, na final contra o Nacional-URU. Mas a façanha inigualável já havia sido concretizada. É hora de relembrar.
Colocando ordem na casa
Ênio Andrade (primeiro à esquerda): técnico chegou e mudou completamente o ambiente do Inter para a disputa do Brasileirão.
Ênio Andrade (primeiro à esquerda): técnico chegou e mudou completamente o ambiente do Inter para a disputa do Brasileirão.

Bicampeão brasileiro em 1975 e 1976, octacampeão gaúcho entre 1969 e 1976, e repleto de craques como Manga, Figueroa, Carpegiani, Falcão e Dario, o Inter entrou em um período de “ressaca” após tantos anos de glórias e deu espaço para os paulistas tomarem a hegemonia gaúcha no Brasileirão em 1977 (São Paulo) e 1978 (Guarani). Em 1979, muitos pensavam que a equipe retomaria o trono perdido, mas uma campanha pífia no Campeonato Gaúcho daquele ano esfriou todas as expectativas. Após uma enxurrada de críticas da mídia e da torcida, Frederico Ballvé, cartola da época do bicampeonato nacional, assumiu a direção de futebol e demitiu o técnico Zé Duarte e o preparador físico Reinaldo Salomão, que deram lugar a Ênio Andrade e Gilberto Tim, vindos de um bom trabalho no Coritiba.
Falcão: maior craque que já vestiu a camisa vermelha do Inter.
Falcão: maior craque da história do Inter.

Logo quando chegou, Andrade uniu o grupo colorado e tratou de acabar de vez com a tensão que pairava sobre o Beira-Rio. Enquanto o técnico dava sua cara ao time e implantava o esquema tático 4-3-3, Gilberto Tim dava show tanto na preparação física dos atletas quanto no entusiasmo. Falando em atletas, o Internacional dispunha de um elenco forte e que havia ganhado os reforços de Benítez, Cláudio Mineiro, Bira e Mário Sérgio, além de contar com jogadores de puro talento como o jovem Mauro Galvão (de apenas 17 anos), o atacante Valdomiro e os meio-campistas Batista e Falcão. Tais nomes davam à equipe uma mescla de habilidade, força, experiência e juventude, tudo na medida certa. Determinados a apagar o fiasco no torneio estadual, os colorados tinham no Campeonato Brasileiro a grande chance da virada. E de mostrar que o soberano de tempos dourados ainda estava vivo.
Sorte no “inchadão”
O time de 1979 - Em pé: João Carlos, Benítez, Mauro Pastor, Falcão, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro. Agachados: Valdomiro, Jair, Bira, Batista e Mário Sérgio.
O time de 1979 – Em pé: João Carlos, Benítez, Mauro Pastor, Falcão, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro. Agachados: Valdomiro, Jair, Bira, Batista e Mário Sérgio.

O Campeonato Brasileiro de 1979 foi o último organizado pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos), que se desmembrou em CBF e outras confederações dedicadas a esportes específicos naquele ano. Por causa do regime militar em voga e regulamentos mais confusos que qualquer outra coisa, a competição teve incríveis 94 clubes, com exceção de Corinthians, Portuguesa, São Paulo e Santos, que não disputaram o torneio por não aceitar entrar na segunda fase (e não na terceira como fizeram Guarani e Palmeiras, campeão e vice do ano anterior). Incluído na primeira fase, o Internacional teve sorte no sorteio e esteve no Grupo G, com poucos times que poderiam atrapalhar os planos dos colorados (com exceção do rival Grêmio, do Atlético-PR e do Coritiba). A caminhada dos comandados de Ênio Andrade começou em Curitiba, num empate sem gols contra o Atlético-PR. Na sequência, o time venceu o Santa Cruz em pleno Arruda, por 2 a 1, bateu o Figueirense, em casa, por 1 a 0, superou o rival Grêmio, em casa, por 1 a 0 (gol de falta de Jair), goleou o Sport e o Coritiba, ambos fora de casa e pelo mesmo placar (3 a 0), empatou com o América-RJ, em casa, em 1 a 1, goleou o Rio Branco-ES, em casa, por 5 a 1, e empatou com o Operário, em casa, em 2 a 2.
Líder e imbatível, o Internacional superou a primeira etapa do campeonato com o entusiasmo lá em cima e com o grupo muito unido e focado no título, como bem lembrou o volante Batista tempo depois:
“Eu tive uma distensão muscular logo no primeiro jogo e fiquei de fora algumas partidas, mas o elenco passou a se preparar para cada duelo. O adversário mais difícil sempre era o próximo”. Batista, volante do Internacional em 1979, em entrevista à revista Placar, junho de 2005.

Embalados e unidos
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Na segunda fase, o Inter manteve a pegada e o crescente entrosamento do time para abocanhar mais uma vez a liderança de seu grupo. Após vencer o Goytacaz, em casa, por 1 a 0, o Colorado fez 3 a 1 no São Paulo-RS, em casa, empatou três jogos seguidos (1 a 1 com a Caldense, fora, 0 a 0 com a Anapolina, em casa, e 0 a 0 com o Atlético-PR, fora), goleou a Desportiva, em casa, por 4 a 0, e bateu a Internacional de Limeira, por 1 a 0, fora. Embora tenha mantido a invencibilidade com quatro vitórias e três empates em sete jogos na segunda fase, o time gaúcho passou por momentos delicados em determinadas ocasiões. Contra o Goytacaz, o técnico Ênio Andrade afastou Jair por falta de empenho nos treinamentos. Após uma conversa, o jogador admitiu o erro, voltou ao time titular e marcou até gol na partida seguinte. Contra a Desportiva, em novembro, Mário Sérgio sofreu com a torcida durante o primeiro tempo mesmo com 1 a 0 no placar a favor dos colorados e pediu para ser substituído no intervalo do jogo, com receio de as vaias prejudicarem o time. No mesmo instante, o elenco não aceitou o pedido do ponta e ele voltou com o moral elevado para a segunda etapa. Resultado? O Inter marcou três gols e goleou os capixabas por 4 a 0.
No Inter de 1979, habilidade dos meio-campistas e dos atacantes davam extrema força ofensiva ao time, que jogava no 4-3-3, esquema favorito de Ênio Andrade.
No Inter de 1979, habilidade dos meio-campistas e dos atacantes dava extrema força ofensiva ao time, que jogava no 4-3-3, esquema favorito de Ênio Andrade.

Exibição de virtudes no Mineirão e no Morumbi
jorge mendonça x falcão
Sem preciosismo nem pouco caso, os jogadores chegavam cada vez mais perto da reta final. Na terceira fase, a última antes do mata-mata e com quatro times em cada grupo, o Internacional venceu o Goiás, em casa, por 1 a 0 (gol de Mário Sérgio), e foi para o tudo ou nada contra o Cruzeiro, no Mineirão. O confronto era tido como crucial para as pretensões de ambas as equipes no torneio. Os mineiros tinham o apoio de sua fanática torcida e apostavam no talento e velocidade de Joãozinho no duelo contra o colorado João Carlos para acabar de vez com a invencibilidade gaúcha. Antes do jogo, porém, Ênio Andrade encorajou o defensor (que jogava improvisado na lateral) e ganhou o reforço de Tim, que disse “mete bronca, negro! Você tem futebol pra acabar com ele (Joãozinho)”. Em campo, o lateral jogou muito bem, Joãozinho até marcou um gol, mas João Carlos não teve culpa. Pelo contrário: ele teve participação decisiva no primeiro dos três gols que decretaram a vitória por 3 a 2 do Inter, com o gol salvador marcado pelo experiente Valdomiro. No último jogo, a equipe gaúcha nem suou para conseguir a classificação para a semifinal e vencer o Atlético-MG por 1 a 0, até porque nem jogo teve. A vitória foi por W.O., já que o Galo abandonou a disputa por não concordar com a escolha de mandos de campo em dois de seus jogos naquela terceira fase (ambos fora de casa).
Na semifinal, o Inter teve pela frente um adversário complicadíssimo: o Palmeiras de Telê Santana e Jorge Mendonça, num duelo que serviria para desempatar os clubes que mais levantaram a taça do Brasileiro naquela década (duas vezes cada um). Quem vencesse, diziam muitos, já seria o virtual campeão e o “campeão dos anos 70” no Brasil. O primeiro duelo foi no lotado Morumbi e o Internacional sentiu a pressão no primeiro tempo ao levar o primeiro gol do Verdão, marcado por Baroninho. No entanto, naquele dia, Ênio Andrade provaria como nunca uma fama construída ao longo dos anos: a de “mestre dos vestiários”. O treinador sabia mexer com o brio de seus jogadores e a maneira de eles jogarem, mostrando os erros e as soluções para sair de uma adversidade. Sua fala mansa e carisma também eram fundamentais para dar mais confiança aos atletas, que retribuíam em campo todo o suporte do professor. Naquele jogo do Morumbi, Ênio acordou o Inter, que empatou logo aos cinco minutos com Jair. Jorge Mendonça colocou o Palmeiras na frente, mas os colorados tinham um craque fora de série que resolvia qualquer partida: Falcão. Sublime e no auge da forma, o mito vermelho empatou e virou o jogo para o Inter, que saiu de São Paulo com mais uma vitória na bagagem. Na volta, o empate em 1 a 1 no Beira-Rio colocou o Colorado em mais uma decisão de Brasileiro, a terceira em apenas cinco anos.
No dia seguinte ao jogo contra o Palmeiras, o JT rasgou elogios ao craque Falcão.
Antes do jogo contra o Palmeiras, o Jornal da Tarde, de São Paulo, provocou ao questionar quem era melhor: Mococa, do Palmeiras, ou Falcão, do Inter. No dia seguinte, a pergunta foi respondida…

A façanha inigualável
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O Inter teve que encarar outro estádio mítico do futebol brasileiro em sua caminhada do tricampeonato brasileiro: o Maracanã. Diante de uma torcida toda contra e muita chuva, os gaúchos queriam pelo menos empatar contra o Vasco de Roberto Dinamite para poder viajar até Porto Alegre com mais tranquilidade. Mas a tarefa seria bem complicada não só por causa do rival e da partida no Maracanã, mas também pelas ausências de Falcão e Valdomiro. Ênio Andrade escalou Valdir Lima e Chico Spina nos lugares de seus intocáveis jogadores e conseguiu o que poucos acreditavam. Com um gol em cada tempo, o Inter venceu o Vasco por 2 a 0 com uma atuação exuberante de Chico Spina, autor dos dois gols. O resultado foi o melhor dos mundos para os colorados, que teriam a vantagem do empate no Beira-Rio. Mas ninguém queria terminar o torneio sem vibrar com uma vitória.
Falcão, a faixa de tricampeão e a taça.
Falcão com a faixa de tricampeão e a taça.

O Vasco foi a campo com vários atacantes e determinado a reverter o placar. Mas Ênio Andrade soube muito bem neutralizar a tática suicida dos cariocas, teve a volta de Falcão no meio de campo e viu seu time vencer por 2 a 1, gols de Jair e Falcão. A vitória fez do Internacional o primeiro tricampeão do Campeonato Brasileiro e, acima de tudo, o primeiro campeão brasileiro invicto. Foram 23 jogos, 16 vitórias, sete empates, 40 gols marcados e 13 sofridos, totalizando um saldo de 27 gols. Uma campanha inesquecível, incontestável e impressionante que segue como a segunda melhor em termos de aproveitamento em toda a história do torneio – 79,7%, atrás apenas da campanha do próprio Inter em 1976 (84%). Jamais um clube conseguiu repetir o feito daquele Inter de Ênio Andrade e, nos moldes atuais do Brasileirão em pontos corridos, essa façanha dificilmente irá acontecer de novo.
vasco

A América fica por um triz
Em 1980, Ênio Andrade seguiu no comando do Inter em busca de um título inédito tanto para o clube quanto para o futebol gaúcho: a Copa Libertadores. Na primeira fase, o Inter conseguiu a classificação com quatro vitórias, um empate e uma derrota em seis jogos, deixando para trás o freguês Vasco e os venezuelanos do Deportivo Galicia e do Deportivo Táchira. Na fase final, a equipe mostrou força e derrotou o Vélez Sarsfield-ARG, em casa, por 3 a 1, e por 1 a 0, fora, além de empatar sem gols contra o América de Cali-COL em casa e fora. Os resultados levaram os colorados a uma inédita final. Mas um fator triste acabou pesando contra os brasileiros. Falcão, maior ídolo da história do clube, foi negociado com a Roma-ITA e disputaria suas últimas partidas com a camisa vermelha exatamente naquela decisão continental contra o Nacional-URU. No primeiro jogo, no Beira-Rio, as mais de 60 mil pessoas presentes no estádio vaiaram o craque, mas em cada um deles havia muita tristeza por causa da venda do ídolo. O jogo terminou empatado em 0 a 0, o Inter não conseguiu segurar o ímpeto de Rodolfo Rodríguez, Hugo De León, Victor Espárrago e Waldemar Victorino em Montevidéu, e o Nacional venceu por 1 a 0, conquistando o bicampeonato da Libertadores.
Superá-los? Quase impossível
Falcão caminha orgulhoso com o manto do Inter já com as três estrelas.
Falcão caminha orgulhoso com o manto do Inter já com as três estrelas.

Após a saída de Falcão, o Internacional iniciou uma reformulação em seu elenco e tentou manter a força construída nos anos 70 também na década seguinte. No entanto, o grande Flamengo de Zico, o Grêmio de Renato e Tarciso e vários outros esquadrões impediram o Colorado de conquistar o Brasil. O time até chegou perto em 1987 e 1988, mas perdeu ambas as finais para Flamengo e Bahia. Desde então, o torcedor do Inter já comemorou vários títulos estaduais, viu seu time conquistar a América e o Mundo, mas o grito de campeão brasileiro segue entalado na garganta desde 1979. O que conforta a galera do Beira-Rio é que mais de três décadas se passaram e ninguém conseguiu igualar ou superar o feito do esquadrão vermelho. Nem o Flamengo de Zico. Nem o São Paulo de Telê. Nem o Palmeiras de Roberto Carlos, Edmundo e Evair. Nem o Grêmio de Felipão. Nem o Vasco de Edmundo. Nem o Corinthians de Marcelinho, Edílson e Ricardinho. Nem o Cruzeiro de Alex. Ser campeão do Campeonato Brasileiro sem perder um jogo sequer ainda é privilégio exclusivo de Benítez, João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão, Cláudio Mineiro, Batista, Jair, Falcão, Valdomiro, Chico Spina, Bira e Mário Sérgio. E Ênio Andrade. Heróis do Internacional de 1979. Um esquadrão imortal.
Os personagens:
Benítez: muito seguro e ágil, o paraguaio fechou o gol do Internacional na campanha do Brasileiro e foi um dos destaques da equipe na competição. Foi uma das maiores revelações de seu país naquele final de anos 70, foi titular da Seleção Paraguaia e só não teve uma carreira mais longa por causa de uma grave lesão em uma partida disputada em 1983, pelo Inter, no interior gaúcho.
João Carlos: era zagueiro de origem, mas foi improvisado na lateral por Ênio Andrade e não comprometeu. Jogou sério, fez ótimas partidas na reta final e venceu o duelo com Joãozinho, do Cruzeiro, quando todos pensavam que ele levaria um baile do habilidoso cruzeirense.
Mauro Pastor: experiente, bom no jogo aéreo e muito leal, completava com perfeição a dupla de zaga colorada naquele ano de 1979. Jogando ao lado do garoto Mauro Galvão, Pastor passou muita tranquilidade ao jovem talento e manteve a retaguarda vermelha intacta em várias partidas do torneio. Mostrou muita frieza nos momentos decisivos.
Mauro Galvão: com apenas 17 anos (completou 18 na reta final do Brasileiro), foi a maior revelação do Colorado naquele final de década. Muito habilidoso, ótimos nas saídas de bola e especialista em desarmar os adversários com carrinhos leais e impecáveis, Galvão mostrou que seria um dos principais zagueiros do futebol brasileiro por muito tempo. Exemplo de longevidade, o zagueiro encerrou a carreira em 2002 com uma coleção invejável de títulos no currículo.
Cláudio Mineiro: muito bom na marcação e no apoio ao ataque, foi soberano na lateral-esquerda da equipe entre 1979 e 1980. Fez falta durante a disputa da Libertadores e perdeu algumas partidas da reta final.
Batista: depois de ser coadjuvante de luxo nos títulos de 1975 e 1976, Batista vivia o auge da carreira naquele ano de 1979 e foi um dos pilares do meio de campo do Inter. Com boa capacidade física, Batista conseguia marcar e apoiar o ataque com a mesma vitalidade e regularidade. Saía jogando com categoria e iniciava vários contra-ataques mortais. Fundamental na conquista.
Jair: perito em cobranças de falta e muito habilidoso, “Jajá” jogou muito em 1979 e marcou vários gols essenciais na conquista colorada. Sabia cadenciar o jogo quando preciso e engatilhar ataques rápidos também. Depois de brilhar pelo Inter, foi jogar no Peñarol-URU e conquistou, em 1982, o título que lhe escapou em 1980: a Copa Libertadores.
Falcão: o “Puro-Sangue”, apelido que ganhou da torcida, foi o maior jogador da história do Internacional e um dos maiores meias do futebol mundial no século XX. Tinha uma visão de jogo plena, ótimo passe, perfeito na armação e ótimo no drible, no chute e na finalização. Foram mais de 390 jogos pelo Inter, três Campeonatos Brasileiros e cinco Campeonatos Gaúchos. Saiu do time em 1980 para virar o “Rei de Roma”. Leia mais sobre esse monstro do futebol clicando aqui.
Valdomiro: ponta-direita, Valdomiro é o atleta que mais vestiu a camisa do Inter na história: 711 vezes. Marcou quase 200 gols na carreira e era um dos maiores garçons do time. Foi ídolo e o único a vencer genuinamente o octacampeonato gaúcho (1969-1976), além do tri brasileiro (1975/1976/1979).
Chico Spina: ninguém conhecia Spina nem ouvia falar muito sobre ele até a primeira partida da final do Campeonato Brasileiro de 1979. Com dois gols, o atacante destroçou o Vasco em pleno Maracanã e praticamente selou o tricampeonato nacional do Inter. Virou xodó instantâneo da torcida, mas não repetiu o futebol daquela partida e passou por vários clubes até encerrar a carreira em 1988.
Bira: depois de brilhar pelo Remo, foi jogar no Internacional e se deu bem no ataque do time. Não era habilidoso, mas se colocava bem na área, dava passes preciosos para os companheiros e costumava marcar seus golzinhos.
Mário Sérgio: o meia foi o grande armador do Inter naquele título de 1979 e ainda marcou vários gols durante a campanha vitoriosa. Dava passes magníficos e com precisão milimétrica, driblava como poucos e ajudava na marcação do meio de campo quando o adversário retinha a bola.
Ênio Andrade (Técnico): técnico nato, estrategista, pleno nas táticas e vencedor. Andrade foi um dos responsáveis pela reviravolta do Inter em 1979 e por fazer do Colorado o primeiro campeão brasileiro invicto. Com pulso firme e o elenco na mão, conduziu com maestria um esquadrão equilibrado do começo ao fim.

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