fonte:imortais do futebol
Grandes feitos: Campeão Brasileiro
(1986) e Bicampeão Paulista (1985 e 1987).
Time base: Gilmar; Zé Teodoro
(Fonseca), Oscar (Wágner Basílio / Adílson), Darío Pereyra e Nelsinho; Márcio
Araújo (Falcão / Bernardo), Silas e Pita; Müller, Careca (Lê) e Sidney. Técnicos: Cilinho (1985-1986 e 1987) e Pepe (1986-1987)
“Menudos do
Morumbi“
Depois da façanha de conquistar o
título brasileiro de 1977 e entrar para o rol dos grandes times do país, o São
Paulo começou a década de 80 sonhando alto. Primeiro, veio o bicampeonato
paulista em 1980 e 1981 e por pouco o time não venceu mais um Brasileiro, em
1981, ao perder para o Grêmio de Tarcíso e Renato. Foi então que a equipe
começou a apostar em suas categorias de base e garotos de puro talento aliaram
seu futebol ao de estrelas já consagradas do time como Darío Pereyra, Oscar,
Falcão e Pita, transformando o São Paulo num timaço entre 1985 e 1987. Com
velocidade, dribles desconcertantes e gols, muitos gols, a equipe faturou dois
estaduais (1985 e 1987) e um épico Campeonato Brasileiro, em 1986, graças,
sobretudo, ao talento de um dos maiores centroavantes da história do futebol
brasileiro e mundial: Careca, craque e ídolo eterno do tricolor. É hora de
relembrar uma das equipes mais emblemáticas do São Paulo. E que foi a semente
do super esquadrão dos anos 90.
Investir (na base) é preciso
Depois do vice-campeonato nacional de
1981, o São Paulo passou por um período de reformulação que durou quatro anos.
O time viveu na seca, viu o Corinthians ficar famoso com sua Democracia, o
Flamengo massacrar os rivais e ganhar o Brasil e o mundo, assim como o Grêmio,
e um certo casal 20 do Fluminense dominar o Rio e o Brasil em 1984. Neste mesmo
ano, o Tricolor paulista contou com o técnico Cilinho para colocar o time de
novo nos trilhos e transformar uma equipe que envelhecera em vencedora. Foi
então que o treinador passou a dar atenção às categorias de base do clube e
descobriu joias fantásticas: Silas, Müller e Sidney, trio que seria a espinha
dorsal de um time brilhante, que ficaria em ponto de bala com as chegadas de
Pita, Falcão e Careca. Junto com o goleiro Gilmar e a zaga firme composta por
Darío Pereyra e Oscar, o torcedor poderia esperar muita coisa daquele time.
Os Menudos e seus gols
Naquela segunda metade dos anos 80, o
grande sucesso musical entre as jovens era a banda Menudos, um fenômeno comercial.
Composta apenas por jovens, a banda foi um estrondo e polarizou as rádios de
todo mundo. O nome da banda foi o mesmo utilizado pela imprensa e pelo público
futebolístico para apelidar aquele novo time do São Paulo, que fez grandes
partidas já no Campeonato Brasileiro de 1985, marcando muitos gols, mas levando
também… O time empatou em 2 a 2 com Grêmio (numa partida memorável, em que o
time gaúcho ficou acuado para não levar a virada), 3 a 3 com o Guarani e 4 a 4
com o Palmeiras, este um jogaço, com vários golaços, e venceu de maneira
convincente outros jogos como um 2 a 1 no então campeão nacional, o Fluminense,
em pleno Maracanã, o Corinthians, no Pacaembu, por 2 a 1, e o Santa Cruz, no
Arruda, por 3 a 2. A inconsistência na defesa custou a classificação para a
próxima fase, eliminando o tricolor logo na primeira etapa do torneio, que
seria vencido pelo Coritiba, numa final atípica contra o Bangu. Mesmo com o
revés, a torcida viu um futuro promissor para aquele esquadrão, que ganharia os
reforços de Zé Teodoro, para a lateral-direita, e do goleiro Gilmar,
substituindo o regular Tonho. Pronto. O time poderia disputar (e ganhar) o
próximo torneio do ano: o Campeonato Paulista.
Show e caneco
No Paulista, o São Paulo embalou de
vez. Müller e Careca se entenderam quase que por telepatia, o time atropelou os
rivais e faturou o torneio com 23 vitórias em 42 jogos, marcando 72 gols (sendo
23 de Careca, artilheiro da competição) e sofrendo apenas 29. Na final, o
Tricolor passou fácil pela Portuguesa com duas vitórias: 3 a 1 no primeiro jogo
e 2 a 1 na grande decisão, com gols de Sidney e Müller. Naquele torneio, o
técnico Cilinho teve a audácia de deixar o craque Falcão no banco de reservas.
O “Rei de Roma” jogou pouco e atuou apenas nas fases finais da competição, a
contragosto do treinador, que preferia Pita ou Márcio Araújo. Depois da
conquista, Falcão deixou o time, mas o São Paulo seguiu fortíssimo. A equipe
aliava rapidez e contra ataques letais (graças a Müller e Careca) com muita
posse de bola (Silas, Pita e Sidney cuidavam disso). Anular aquele time era
muito difícil.
Pepe mantém a sina
Em 1986, o técnico Cilinho deixou a
equipe e deu lugar ao interino Zé Carlos Paulista. Tempo depois, o treinador
campeão do Paulistão daquele ano pela Inter de Limeira, Pepe (ex-estrela do
Santos de Pelé), assumiu a equipe para a disputa do Brasileiro, que começou no
segundo semestre naquela temporada, diferente dos anos anteriores. No complexo
sistema do Brasileiro daquele ano, o tricolor foi o líder de seu grupo na
primeira fase, com sete vitórias e três empates em 10 jogos, com destaque para
a vitória de 3 a 2 sobre o Fluminense, no Maracanã e o 1 a 0 sobre o Coritiba,
no Paraná. Na segunda fase, o time garantiu a classificação com o segundo lugar
no grupo, atrás apenas do Palmeiras, com sete vitórias, sete empates e duas
derrotas em 16 jogos. Destaque para as vitórias sobre o Santos por 2 a 0, sobre
o Bangu, pelo mesmo placar, sobre o Botafogo por 5 a 0 (três gols de Careca),
sobre a Ponte Preta por 6 a 1 e sobre o Joinville por 5 a 0, todas elas no
Morumbi. A cada partida, o talento de Careca explodia cada vez mais, com gols
bonitos e impossíveis. Mas o craque maior tinha muito mais para mostrar na fase
de mata-mata.
Rumo à final
Nas oitavas de final, o tricolor
encarou a perigosa e surpreendente Inter de Limeira, então campeã estadual e
primeira equipe do interior a conseguir um título Paulista. No primeiro jogo,
em Limeira, vitória alvinegra por 2 a 1. Na volta, no Morumbi, Silas (2) e
Careca garantiram a vitória por 3 a 0 que colocou o São Paulo nas quartas.
Na sequência, de novo o Fluminense no
caminho. No primeiro jogo, no Maracanã, vitória dos cariocas por 1 a 0. Na
volta, no Morumbi, Careca e Müller fizeram 2 a 0 para o São Paulo e colocaram o
Tricolor definitivamente na luta pelo bicampeonato. O craque Careca, em
entrevista para a revista Placar, comentou a
importância daquela partida na caminhada do título:
“Fizemos grandes jogos, mas acho que
contra o Fluminense, que também tinha um grande time, aqui no Morumbi, foi uma
partida marcante. Fiz um gol espírita que ajudou a equipe a superar aquele
adversário duro”. – Careca, em entrevista à Placar.
Na semifinal, outro carioca, dessa vez
o América, que chegava pela primeira vez entre os quatro melhores do país. No
primeiro jogo, no Morumbi, vitória tricolor por 1 a 0, gol dele, claro, Careca.
Na volta, no Maracanã, o São Paulo segurou um empate em 1 a 1 (Careca fez o do
tricolor, só para variar…) e se garantiu em mais uma decisão nacional. O
adversário seria o Guarani de Ricardo Rocha, Marco Antônio, Evair (aquele
mesmo, do Palmeiras dos anos 90) e João Paulo.
Teste para cardíacos
A final do Brasileiro de 1986 foi a
segunda envolvendo dois times paulistas (a primeira aconteceu em 1978, entre
Guarani e Palmeiras. Em 1973, embora o campeão e vice tenham sido paulistas, a
fase final foi um quadrangular, e não partidas finais). O time de Campinas
queria levar a melhor novamente, mas sabia que do outro lado estava uma equipe
muito mais forte e que tinha em Careca o brilho e poder de decisão necessários para
levar o título. Mesmo assim, o alviverde foi um rival duríssimo para o
tricolor. No primeiro jogo, no Morumbi, empate em 1 a 1, com gols dos matadores
Evair (Guarani) e Careca (São Paulo). A volta seria no Brinco de Ouro, em
Campinas. O tricolor teria que suportar a pressão e jogar muito se quisesse ser
bicampeão brasileiro.
O jogo, como não poderia deixar de ser,
foi pegado, disputado e eletrizante. O Guarani abriu o placar logo no primeiro
minuto, com Nelsinho (contra). Mas apenas alguns minutos depois, Bernardo
empatou. O tricolor cresceu no jogo, Careca começou a infernizar a zaga
alviverde, mas não conseguiu marcar. Com o empate em 1 a 1, o jogo foi para a
prorrogação. E que prorrogação! Pita fez 2 a 1 logo no primeiro minuto.
Boiadeiro empatou de novo para o Guarani. João Paulo, aos 107´, colocou o Bugre
na frente. A festa alviverde tomou conta do estádio, a torcida explodia em
festa e o drama aumentava cada vez mais para os lados do São Paulo. A torcida
via o título virtualmente perdido. Mas, como o futebol é uma caixinha de
surpresas e como o tricolor tinha Careca do seu lado, aos 128´, depois de
várias paralizações e acréscimos, o atacante recebeu na entrada da área e
chutou de primeira, estufando as redes do goleiro: GOLAÇO!!
De maneira inacreditável, o São Paulo
empatava o jogo em 3 a 3 na até então mais emocionante final de Campeonato
Brasileiro da história (se não a mais emocionante de todas). Careca marcou seu
gol de número 25, se isolando na artilharia do torneio e entrando de vez para a
história do São Paulo. O juiz apitou o final de jogo e o Brasil teria que
conhecer seu novo campeão nos pênaltis. Na marca da cal, Boiadeiro bateu e
Gilmar pegou. Careca foi para a dele e bateu mal, na mão do goleiro Neri. Tosin
e Darío Pereyra marcaram na sequência, mas João Paulo chutou para fora a
terceira cobrança do Bugre. Fonseca deixou o São Paulo na frente, Valdir
Carioca e Evair marcaram para o Bugre, assim como Rômulo para o tricolor. A
cobrança decisiva estava nos pés de Wágner Basílio. Ele bateu rasteiro, o
goleiro ainda tocou na bola, mas não deu: 4 a 3 para o tricolor! O Brasil era
vermelho, preto e branco pela segunda vez na história!
Os Menudos chegavam ao topo com 17
vitórias e apenas quatro derrotas em 34 jogos, marcando 62 gols (melhor ataque)
e sofrendo apenas 22. Muita festa em Campinas e a consagração do capitão
Careca, sem dúvida, o grande nome da conquista.
Saída do ídolo e título derradeiro
Em 1987, o São Paulo perdeu o ídolo
Careca para o Napoli, de Maradona, e o técnico Pepe, mas teve a volta de
Cilinho e a chegada de Lê. No Brasileiro, o time foi bem, mas foi prejudicado
pela arbitragem e ficou de fora da semifinal. Na Libertadores, a falta de
experiência pesou e a equipe não passou da fase de grupos. Já no Paulista, o
esquadrão tricolor conseguiu mais um título, derrotando o Corinthians nas
finais com uma vitória por 2 a 1 e um empate sem gols. Era o segundo título do
clube na competição em apenas três anos.
Fim da safra
São Paulo se enfraqueceu. Saíram Darío Pereyra,
Silas, Pita, Müller e o técnico Cilinho, que brigou com jogadores e a torcida.
A equipe se desestruturou e pareceu que ia mergulhar na crise. Mas só pareceu,
pois já em 1989 um certo Raí, ao lado de Telê Santana, começaria a escrever as
mais gloriosas páginas na história do São Paulo.Os Menudos marcaram época,colocaram
o clube definitivamente entre os maiores do país. Um esquadrão imortal.
Os personagens:
Gilmar: desde Waldir Peres que o São Paulo não tinha um goleiro tão eficiente
debaixo das traves. Seguro, sortudo e falador, Gilmar marcou época no Morumbi e
foi essencial para os títulos no período, principalmente no Brasileiro de 1986.
Zé Teodoro: chegou para tomar conta da lateral-direita do tricolor. Raçudo,
eficiente na marcação e até goleador em determinados momentos, Zé Teorodo
conquistou a torcida e foi titular absoluto por muitos anos, até a chegada do
mito Cafu.
Wágner Basílio: poderia ter acabado com sua passagem no São Paulo se a equipe perdesse
om jogo na prorrogação, afinal, falhou feio em um dos gols do Bugre. Mas o
defensor se redimiu ao lançar a bola que culminaria no gol de Careca, o de
empate em 3 a 3, e nos pênaltis, quando marcou o tento que deu o bicampeonato
ao tricolor. Não tinha a eficiência de Oscar, mas conseguia dar conta do recado
quando necessário, até mesmo como lateral.
Oscar: foi um dos grandes zagueiros do São Paulo no início dos anos 80, fazendo
uma célebre dupla com o uruguaio Darío e contribuindo para o título paulista de
1985. Mas a idade começou a chegar e ele perdeu a posição para Basílio e
Adílson, deixando o tricolor tempo depois.
Adílson: zagueiro muito eficiente, conseguiu colocar o veterano Oscar no banco
graças as suas ótimas atuações ao lado de Darío Pereyra. Depois de conquistar
dois Paulistas e o Brasileiro de 1986, deixou o time e voltou no começo dos
anos 90, quando voltou a conquistar títulos, dessa vez bem mais importantes,
como a Libertadores e o Mundial, ambos em 1992.
Fonseca: outro que ia bem como lateral ou zagueiro, sem firulas ou jogadas de
efeito. Teve papel importante na final do Brasileiro de 1986, quando marcou um
dos gols na decisão por pênaltis. Venceu, também, os Paulistas de 1985 e 1987
com o tricolor.
Darío Pereyra: garra, técnica, estilo e coração no bico da chuteira, tudo no mais puro
espírito uruguaio. Assim era Darío Pereyra, um dos maiores zagueiros da
história do São Paulo e um símbolo de clube por mais de 10 anos. Conquistou
quatro Campeonatos Paulistas e dois Brasileiros, jogando sempre com amor à
camisa e muita eficiência. De quebra, marcava muitos gols para um zagueiro
(foram 37 pelo tricolor). Um ídolo eterno do clube do Morumbi.
Nelsinho: apoiava muito bem o ataque e dificilmente jogava mal, mantendo sempre
uma regularidade vital para a equipe. Deu azar no primeiro gol do Guarani na
decisão do Brasileiro, mas não se abateu e seguiu bem no jogo. Peça importante
nos títulos do período.
Márcio Araújo: era um dos polivalentes do time, podendo atuar como zagueiro, volante ou
meia. Sua maior façanha, no entanto, foi ter conquistado Cilinho e ter deixado
Falcão no banco, assumindo a titularidade em grande parte da temporada de 1985.
Falcão: não tinha mais o vigor dos tempos de Internacional ou Roma, claro, mas
ainda sim teve seu peso nas finais do Paulista de 1985, despertando respeito
nos adversários e sendo uma ameaça no meio de campo para qualquer equipe. Jogou
pouco, mas o bastante para a torcida poder dizer que teve um dos maiores nomes
do futebol mundial vestindo o vermelho, preto e branco.
Bernardo: depois de um ótimo Campeonato Paulista pelo Marília, em 1985, foi para o
São Paulo para fazer história. Conquistou o Brasileiro de 1986 (marcando um dos
gols da final) e o Paulista de 1987, além de vários outros torneios e mais um
Brasileiro, em 1991. Muito voluntarioso e de boa técnica, Bernardo foi um dos
maiores nomes no meio de campo tricolor no final dos anos 80 e início da década
de 90.
Silas: sem dúvida, o motor do time. Dava passes precisos para Müller e Careca,
ajudava na marcação, se locomovia muito e driblava demais. Não chutava tão bem,
mas ainda sim marcava vários gols. Era um dos mais importantes jogadores da
equipe naqueles anos e foi peça fundamental para as glórias do período.
Pita: já era um craque
quando chegou ao São Paulo, em 1984, depois de despontar com muito brilho no
Santos, que havia sido vice-campeão brasileiro em 1983. Rápido, Pita conseguia
driblar um marcador pequenos espaços do campo, além de dar lançamentos
primorosos para os atacantes. Marcava poucos gols, mas quando os fazia, era
sempre golaço. Um dos maiores craques que o tricolor já teve.
Müller: se Müller causava estragos nos anos 90 já experiente, imagine em começo
de carreira? O atacante era simplesmente infernal, goleador, arisco e
velocíssimo. Ao lado de Sidney e Silas, foi um símbolo dos Menudos do Morumbi e
ídolo da torcida. Disputou as Copas de 1986 e 1990 como titular graças ao seu
desempenho no tricolor. Deixou o time em 1988 para jogar no Torino, mas voltou
em 1991 a tempo de colecionar títulos como Brasileiro, Paulistas, Libertadores,
Mundiais, Supercopas, Recopas…
Careca: foi a alma e a estrela da conquista do Brasileiro de 1986, além de ter
sido um dos maiores jogadores da história do São Paulo em todos os tempos. Foi
artilheiro do Paulista de 1985 e do Brasileiro de 1986, marcava gols de todos
os jeitos possíveis, a maioria deles golaços, resolvia partidas sozinho e era
um terror constante para os zagueiros adversários. Técnico e driblador, Careca
foi também um dos maiores atacantes do futebol mundial e disputou as Copas de
86 e 90. Deixou o tricolor em 1987 para ganhar fama mundial no Napoli de
Maradona, que conquistou quase tudo o que disputou entre 1986 e 1991. Marcou
115 gols em 191 jogos com a camisa tricolor. Um craque imortal.
Lê: se revelou para o
futebol comandando a Inter de Limeira campeã paulista em cima do Palmeiras em
1986. Chegou ao São Paulo em 1987 e teve papel decisivo na conquista do título
estadual, marcando um gol na vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians. Rápido,
jogava bem no ataque e como meia.
Sidney: completava o trio dos Menudos do Morumbi e encantava com seus dribles e
jogadas pelas pontas. Muito rápido e talentoso, conseguiu até ser convocado
para a seleção, mas deixou a vida noturna e a boemia acabarem com sua
promissora carreira, que nunca mais foi a mesma depois que deixou o clube em
1988.
Cilinho e Pepe (Técnicos): Cilinho foi o grande responsável por levar ao time titular os garotos
das categorias de base e por implantar um sistema de jogo que explorava a
velocidade, os contra-ataques rápidos e a posse de bola. Suas inovações deram
ao São Paulo uma qualidade incrível e uma eficiência fantástica, que culminou
com as conquistas dos Paulistas de 1985 e 1987 e do Brasileiro de 1986, este
com a mão de Pepe, que manteve a pegada do time e mostrou ser um técnico de
estrela, afinal, no mesmo ano ele faturou o Paulista com a Inter de Limeira
quando todos apostavam no Palmeiras. E levou o tricolor ao título nacional
quando todos achavam que o Guarani, com o 3 a 2 no placar até os acréscimos da
prorrogação, iria ser campeão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário