sábado, 25 de julho de 2015

Flamengo 1953-1961

ESQUADRões do brasil – FLAMENGO 1953-1961

25/07/2015
Fonte:Imortais do Futebol
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Grandes feitos: Campeão do Torneio Rio-SP (1961), Campeão do Octagonal Sul-Americano (1961) e Tricampeão Carioca (1953/1954/1955).
Time base: Garcia (Ari / Chamorro); Pavão (Joubert) e Jadir (Bolero); Servílio, Dequinha e Jordan; Zagallo (Carlinhos), Joel, Rubens (Benítez / Gérson / Henrique), Índio (Moacir / Dida) e Evaristo (Germano / Babá / Paulinho). Técnicos: Manuel Freitas Solich (1953-1957, 1958-1959 e 1960-1961), Jaime de Almeida (1958 e 1959) e Modesto Bría (1959-1960).

“Rolo Compressor rubro-negro”
Ninguém poderia imaginar que de uma crise e uma trapalhada o Flamengo começaria uma época de brilho e glórias naquele início de anos 50. Nem o mais fanático torcedor sonhava que o time da Gávea conquistaria entre 1953 e 1955 seu segundo tricampeonato estadual da história. Com um time leve, rápido e devastador no ataque, além de uma linha média para a história com Servílio, Dequinha e Jordan, o rubro-negro deu a volta por cima e dominou o estado por três anos maravilhosos. Depois da geração do tri, a equipe tomou fôlego para brilhar novamente em 1961, quando encantou no Brasil e também fora dele, abocanhando um Torneio Rio-SP e um torneio continental que teve a presença de equipes como Boca Juniors-ARG, River Plate-ARG, Nacional-URU, Cerro-URU, Vasco-BRA, Corinthians-BRA e São Paulo-BRA. É hora de relembrar as façanhas de um dos times mais vitoriosos da história do Flamengo.

Crise e trapalhada
Zizinho
A década de 50 começou cheia de problemas para o Flamengo. Antes da Copa do Mundo de 1950 (perdida pelo Brasil para o Uruguai em pleno Maracanã), o presidente do clube à época, Dario de Melo Pinto, vendeu Zizinho, simplesmente o maior craque do clube e um dos maiores de todos os tempos, para o Bangu, naquela que é considerada uma das piores negociações da história flamenguista. Sem o genial jogador, o time se enfraqueceu, manteve a freguesia para o rival Vasco e fez uma campanha desastrosa no Campeonato Carioca, ficando na sétima colocação. Em 1951 o time foi mal novamente e em 1952 ficou com o vice, perdido para o Vasco. Foi então que em 1953 tudo começou a mudar na Gávea. O técnico Flávio Costa deu lugar ao paraguaio Fleitas Solich, ex-jogador que ficou conhecido como “El Brujo” e que conduziu a seleção de seu país ao título da Copa América daquele ano. Muitos desconfiaram da capacidade de Solich em resolver os problemas do clube e colocar o Flamengo de volta aos trilhos. Mas o paraguaio mostrou rapidamente que tinha estrela e era “brujo” também fora das quatro linhas.
Fleitas Solich
Fleitas Solich


O primeiro grande ano
1953 - Campeonato Carioca
Fleitas Solich tinha em mãos uma boa base herdada do técnico anterior do Flamengo, Flávio Costa. A zaga era segura, o meio de campo criativo e o ataque rápido e talentoso. Mas ainda faltavam algumas peças para aquele time engrenar. Foi então que o treinador paraguaio revelou os jovens Dida, Zagallo, Evaristo e Babá, que formariam a espinha dorsal de um time maravilhoso. Depois de um começo irregular, o Flamengo se acertou e foi entrando nos eixos. No Campeonato Carioca, a equipe engatou quatro vitórias seguidas, se entrosou e comemorou o título estadual que não vinha desde 1944. Foram 21 vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas em 27 jogos, com 77 gols marcados (melhor ataque) e 27 sofridos (melhor defesa). Benítez, do Flamengo, foi o artilheiro com 22 gols. Na temporada de 1953, a equipe obteve um aproveitamento de quase 63% com 31 vitórias, 20 empates e nove derrotas em 60 jogos. O ataque deu show ao marcar 151 gols (sendo 41 de Índio, artilheiro do ano), muito graças ao esquema tático da época, que privilegiava o futebol ofensivo, com o Flamengo jogando muitas vezes num 2-3-5 clássico, aos moldes de outras equipes da época, como a Hungria.
Flamengo1953
Em 1954, a equipe manteve a base e já tinha de volta o respeito dos adversários. O time que antes era motivo de chacota pela trapalhada venda de Zizinho causava medo nos rivais com um elenco forte e um futebol ofensivo. No Campeonato Carioca, novamente o Flamengo deu show e conquistou o bicampeonato com 19 vitórias, seis empates e duas derrotas em 27 jogos, com 64 gols marcados e 27 sofridos. Benítez e Evaristo foram os artilheiros do clube no ano com 24 gols cada, seguidos de Índio (17), Joel (14), Rubens (14) e Zagallo (8). O futebol apresentado pelo time carioca começou a chamar a atenção de todo Brasil, inclusive de Zezé Moreira, técnico da seleção brasileira, que levou para a Copa do Mundo da Suíça de 1954 os flamenguistas Dequinha, Índio e Rubens. Infelizmente, eles não conseguiram ajudar a seleção a trazer uma ainda inédita taça do mundo para o país.
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Evaristo de Macedo


O segundo tricampeonato da história
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Zagallo e Dida.
Em 1955, o Flamengo traçou como objetivo principal a conquista de seu segundo tricampeonato. Era a chance de fazer história e consagrar de vez aqueles talentosos jogadores e o técnico Fleitas Solich. Dito e feito, o rubro-negro deitou e rolou durante a campanha, com direito a uma saborosa vitória de 6 a 1 pra cima do rival Fluminense, com gols de Joel, Dida (2) e Paulinho (3). Naquela partida, o goleiro tricolor Veludo foi acusado de falhar em três dos seis gols do rubro-negro e acabou demitido das Laranjeiras(!). Na final, disputada somente em 1956, o Flamengo venceu o primeiro embate contra o América por 1 a 0, gol de Evaristo. Na segunda partida, derrota por 4 a 1, mas haveria um terceiro jogo. Bastava uma vitória para o Mengão levantar o tri. Mas o Flamengo não quis apenas vencer. Ele quis dar show. Ou melhor, Dida quis. O endiabrado ponta rubro-negro marcou todos os gols da vitória por 4 a 1 sobre o Mequinha para delírio dos mais de 140 mil torcedores que lotaram o Maracanã.
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O carnaval tomou conta da cidade e o Flamengo fazia história: tricampeão carioca com a mais absoluta autoridade, numa temporada em que o time carioca deu espetáculos não só em casa, mas também para todo mundo ver, como nas vitórias pra cima do Estrela Vermelha-IUG por 4 a 1 (amistoso), 3 a 1 no Internacional (amistoso), 5 a 1 no Santos (Torneio Rio-SP), 3 a 2 no Peñarol-URU em Montevidéu (amistoso), um duplo 3 a 2 no Nacional-URU (amistoso) e 1 a 0 no Benfica-POR (Torneio Charles Miller). O time venceu 43 dos 61 jogos que disputou naquela temporada, empatando sete e perdendo apenas 11, com 164 gols marcados e 80 sofridos, um aproveitamento de 74%. Evaristo foi o artilheiro do Flamengo na temporada com 35 gols, seguido de Paulinho (26), Índio (21) e Dida (16).
Dida, craque flamenguista dos anos 50.
Dida, craque flamenguista dos anos 50.


Jejum
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De 1957 até 1960 o Flamengo perdeu sua intensidade e não conquistou mais títulos, muito pelo fato de o técnico Fleitas Solich deixar o comando da equipe e retornar tempo depois. Um bom momento foi um duelo amistoso contra o mítico Budapest Honvéd, de Púskas, em 1957, vencido pelo Rolo Compressor rubro-negro por 6 a 4, gols de Evaristo (2), Henrique, Paulinho, Dida e Duca.
PUSKAS E EVARISTO EM 57
Os times ainda se enfrentaram mais duas vezes, mas aí os mágicos húngaros venceram por 6 a 4 e 4 a 3. Aqueles duelos foram os últimos de Evaristo, que deixou o Flamengo para jogar no Barcelona-ESP. Depois dele, Zagallo foi outro a deixar o clube, já em 1958 (foi para o Botafogo), ausências muito sentidas que forçaram o time da Gávea a se recompor. Não seria nada fácil, afinal, o rival Botafogo começava a montar um dos maiores esquadrões da história do futebol brasileiro (com Manga, Didi, Quarentinha, Amarildo, Nilton Santos e Garrincha, além do próprio Zagallo). Mas nesse meio tempo o clube tratou de revelar novos craques, sendo o principal deles o meia Gérson.
Em pé: Gérson, Henrique e Dida. Agachados: Joel e Babá. Geração pronta para recolocar o Fla na briga por títulos.
Em pé: Gérson, Henrique e Dida. Agachados: Joel e Babá. Geração pronta para recolocar o Fla na briga por títulos.


Volta por cima com estilo
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O técnico Fleitas Solich voltou ao Flamengo em 1960 para colocar ordem na casa. Se naquele ano o time não conquistou nada, em 1961 o rubro-negro provou, pelo menos em uma temporada, que nem só de Botafogo vivia o Rio de Janeiro naquela época. No começo do ano, a equipe disputou o Torneio Octogonal de Verão. Você deve pensar “ah, torneio de verão, qual a expressão disso?”. Bem, seria sem expressão se os clubes participantes fossem de segunda categoria. Agora, aquele torneio era especial, pois tinha nada mais nada menos Boca Juniors e River Plate (Argentina), Nacional e Cerro (Uruguai) e Vasco, Corinthians e São Paulo (Brasil). Disputar uma competição com equipes desse naipe (com exceção do Cerro) não é algo comum. E o Flamengo sabia muito bem disso. Num esquema de competição simples, todos contra todos, o time carioca derrotou a dupla paulista Corinthians e São Paulo por 2 a 1 e 3 a 2, respectivamente, bateu o River Plate em pleno Monumental de Nuñez por 1 a 0 e despachou os uruguaios Nacional e Cerro por 1 a 0 e 2 a 0, respectivamente, ambas partidas jogadas no Uruguai. Foram apenas duas derrotas: para o Vasco, por 1 a 0, e para o Boca, em La Bombonera, por 4 a 0, mas incapazes de tirar o título do rubro-negro. A conquista foi muito celebrada pela torcida e tida como uma das maiores na história do clube. Mas aquela ainda não era a única taça rubro-negra no ano…

Festa em vermelho e preto
O time de 1961: eles sapecaram o Santos de Pelé por 5 a 1.
O time de 1961: eles sapecaram o Santos de Pelé por 5 a 1.
Depois da conquista internacional, o Flamengo teve pela frente o Torneio Rio-SP, uma das principais competições do Brasil na época. O time estreou bem ao vencer o São Paulo (2 a 1) e o Palmeiras (3 a 2). O jogo seguinte, porém, foi um pesadelo: derrota por 7 a 1 para o Santos de Pelé, embora isso, na época, fosse bem comum tamanha a qualidade do esquadrão brancaleone. Depois de alguns tropeços, a equipe se reencontrou com uma vitória sobre a Portuguesa por 2 a 0 e se classificou para a fase final. Nela, o time deu show ao vencer os três jogos que disputou: 3 a 1 no Palmeiras, 2 a 0 no Corinthians e uma surpresinha para o Santos: 5 a 1 em pleno Pacaembu, num show de Gérson (3 gols) e Dida (2 gols). O Flamengo se vingava em grande estilo numa partida memorável, daquelas para torcedor nenhum esquecer. O time conquistou o torneio pela primeira e única vez. Ali, era o último grande momento do Rolo Compressor.

À espera de Zico
Dida e Zico: choque de gerações.
Dida e Zico: choque de gerações.
Depois do título do Torneio Rio-SP o Flamengo bem que tentou, mas não conseguiu derrotar o Botafogo na final do Carioca de 1961 e perdeu por 3 a 0. O time ainda conquistaria outros títulos na década, mas teve que esperar longos anos até voltar a dominar o estado, mais precisamente até 1979, quando o maior jogador da história do clube começaria a coleção de taças que todo mundo já conhece: Zico. O tricampeonato carioca e as vitórias maiúsculas do Rolo Compressor mantém aquele time como um dos maiores xodós da torcida e um dos melhores do clube, afinal, ter Dida, Evaristo, Zagallo, Rubens, Gérson e companhia foi algo inesquecível. E imortal.

Os personagens:
Garcia: foi um dos maiores goleiros da história do Paraguai e também do clube carioca. Chegou ao Flamengo em 1949 e ficou até 1958. Arrojado, sempre bem posicionado e muito seguro, foi um dos maiores responsáveis pelo tricampeonato carioca. E pensar que uma fratura na clavícula, em 1950, quase o aposentou prematuramente dos gramados.
Ari: jogou no clube de 1959 até 1962, participando das conquistas históricas de 1961. Não tinha a qualidade de Garcia, mas deu conta do recado.
Chamorro: goleiro argentino que jogou pelo Flamengo de 1953 até 1956. Ia bem quando entrava na equipe, mas jogou pouco por conta de ser o reserva de Garcia.
Pavão: ótimo zagueiro, Pavão jogou de 1951 até 1959 no Flamengo, sendo um dos pilares da defesa durante a campanha do tricampeonato estadual. Ídolo, Pavão virou até letra de música – em “Samba Rubro-Negro”, de Wilson Batista e Jorge de Castro, um trecho cita o grande zagueiro flamenguista: “Vai haver mais um baile no Maracanã / O mais querido / Tem Rubens, Dequinha e Pavão/ Eu já rezei pra São Jorge/ Pro mengo ser campeão”.
Joubert: foi quase uma década de Flamengo e muitas glórias, como o Carioca de 1955 e os títulos de 1961. Zagueiro, ganhou mais espaço no time a partir de 1957.
Jadir: outro defensor mítico no Fla, Jadir começou no próprio rubro-negro em 1952, permanecendo até 1962 na equipe. Era firme na marcação e nas bolas rasteiras, só pecando no jogo aéreo. Compôs uma linha média fabulosa ao lado de Dequinha e Jordan. Disputou mais de 400 jogos pelo clube e fez época na Gávea com muita disciplina e regularidade.
Bolero: teve importância nas conquistas de 1961, cumprindo seu papel na defesa do time.
Servílio: ao lado de Dequinha, Jordan e Jadir, compôs um sistema defensivo maravilhoso no Flamengo tricampeão carioca de 1953 até 1955. Ficou pouco na Gávea (1953 até 1956), mas o suficiente para escrever seu nome na história do clube.
Dequinha: o potiguar Dequinha foi um dos últimos centromédios clássicos do futebol nacional e um dos maiores ídolos do Flamengo. Jogou 10 anos no clube e esbanjou categoria no meio de campo, com muita qualidade técnica e tática. Foi para a Copa de 1954, na Suíça, como reserva.
Jordan: se você perguntar para alguém no Rio de Janeiro qual foi o maior marcador do craque Garrincha na história a resposta será única: Jordan. O flamenguista foi um excepcional volante e lateral esquerdo do time naqueles anos 50 e 60, exemplo de lealdade e disciplina. Em 11 anos de Flamengo, Jordan nunca foi expulso e ainda levantou quatro Cariocas e um Torneio Rio-SP.
Zagallo: inteligente, solidário, jogador para o time e nunca de fazer firulas, Zagallo foi um monstro sagrado de seu tempo, ídolo no Flamengo tanto como jogador, de 1950 a 1958, como técnico. É considerado um dos maiores pontas-esquerdas da história do clube, se não o maior. Brilhou na seleção brasileira nas Copas de 1958 e 1962, mas jogando um pouco mais recuado.
Carlinhos: talentoso e muito habilidoso, Carlinhos jogou no meio de campo do Flamengo de 1955 até 1970, seu único clube na carreira. Quando se aposentou, ofereceu suas chuteiras a um garoto magrelo que despontava como futuro craque: Zico. Ficou marcado como técnico salvador do Flamengo, ajudando a equipe em momentos difíceis e levantando títulos nacionais e estaduais.
Joel: ponta-direita de um time histórico, Joel era cerebral e driblava sempre pra frente, com o objetivo claro de marcar gols ou dar passes para os companheiros. Marcou 115 gols com a camisa do clube e brilhou em dois períodos na Gávea: de 1951 até 1958 e 1961 até 1963.
Rubens: ficou marcado como o “Doutor Rubens” tamanha habilidade que demonstrava no setor direito do meio de campo do Flamengo. Foi um dos maiores craques do tricampeonato carioca e um dos principais artilheiros. Marcou 83 gols em 173 partidas pelo clube.
Benítez: o atacante paraguaio foi um dos maiores artilheiros estrangeiros do Flamengo, essencial nas conquistas dos Cariocas de 1953 e 1954. Os anos de 1952, 1953 e 1954 foram os seus melhores com a camisa rubro-negra, quando marcou 27, 21 e 24 gols, respectivamente.
Gérson: o “Canhotinha de Ouro” foi um dos principais armadores do futebol brasileiro nas décadas de 60 e 70, capaz de colocar uma bola nos pés de um atacante a 30, 40 metros de distância. Foi revelado pelo Flamengo e um dos principais nomes do time de 1959 até 1963.
Henrique: centroavante nato, trombador, oportunista e matador. É um dos maiores artilheiros (o terceiro, mais precisamente) da história do Flamengo com 216 gols. Ao lado de Joel, Moacir, Dida e Babá, só não fazia chover naquele super ataque rubro-negro.
Índio: foi um dos grandes atacantes do time naqueles anos 50, com faro de gol e muito talento. Disputou a Copa de 1954 e marcou 142 gols em 218 jogos pelo Flamengo.
Moacir: jogador de drible fácil, passes precisos e eficiência na marcação, Moacir foi um dos grandes jogadores do Flamengo na década de 50 e um dos quatro flamenguistas campeões do mundo com a seleção na Copa de 1958. Jogou no clube de 1956 até 1961, até seguir carreira na Argentina, Uruguai e Equador.
Dida: era o ponta de lança do Flamengo nos anos 50 e a referência máxima no ataque do time. Tinha velocidade, driblava bem, se colocava precisamente na área, tinha uma impulsão ótima e chutava com as duas pernas. Foi reserva de Pelé na Copa de 1958 e o principal artilheiro do Flamengo na década de 50 com 170 gols. Ao todo, marcou 264 gols pelo clube, sendo o segundo maior de todos os tempos, atrás apenas do mito Zico.
Evaristo: outro craque do Brasil nos anos 50, Evaristo era um dos mais perigosos atacantes de seu tempo, velocista e preciso com a bola nos pés. Marcou 102 gols em 182 jogos pelo Flamengo de 1953 até 1957. Depois de deixar o rubro-negro, Evaristo brilhou na Espanha, jogando pelo Barcelona e pelo Real Madrid.
Germano: outra cria do Flamengo, o ponta Germano assumiu o ligar deixado por Zagallo e deu conta do recado entre 1958 e 1962. Era muito rápido e habilidoso, além de ter um chute poderosíssimo. Brilho nos anos 60 na Itália, onde foi campeão europeu com o Milan, em 1963.
Babá: outro ponta habilidoso e rápido daquele Flamengo dos anos 50, Babá compôs um ataque dos sonhos entre 1954 e 1962. Às vezes era reserva por conta da forte concorrência, mas quando entrava cumpria seu papel com muita qualidade. Marcou 89 gols em 308 jogos pelo clube.
Paulinho: atacante de talento, Paulinho brilhou principalmente em 1955, quando foi o artilheiro do time e ajudou a destroçar o Fluminense ao marcar 3 dos 6 gols do Fla.
Manuel Fleitas Solich, Jaime de Almeida e Modesto Bría (Técnicos): Jaime de Almeida e Modesto Bría não levantaram títulos, mas ajudaram a “esquentar” o Flamengo para a volta de Fleitas Solich em 1960. Antes disso, o paraguaio se tornou um dos maiores técnicos da história dom rubro-negro ao montar um time extremamente talentoso e eficiente e dar ao clube um tricampeonato carioca. Em 1961, mais dois títulos o colocaram de vez no rol de imortais do time da Gávea.

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